Resultado de imagem para jogo baleia azul Tem um assunto que vem preocupando muitos pais nos  últimos dias: o “jogo da baleia azul”. Para quem  nunca ouviu falar no assunto, trata-se de uma lista de  tarefas que as crianças ou adolescentes precisam  cumprir e a última dessas tarefas é o suicídio. Tem, pelo menos, dois casos de morte sendo investigados no Brasil – um em Mato Grosso e outro em Minas Gerais e quatro tentativas de suicídio no Rio de Janeiro.

O jogo é realizado através das redes sociais e é importante que os pais se informem sobre o assunto para evitar que os filhos sejam levados para este caminho. Os desafios costumam ser macabros e utilizam as fragilidades do jogador: tirar fotos do topo de prédios, provocar doenças e cortar o próprio corpo são algumas delas. Esta última, uma das mais comuns.

O Departamento Estadual da Criança e do Adolescente está alerta sobre o assunto. A diretora do Deca, Adriana Regina da Costa, explica que o departamento está iniciando um trabalho de inteligência sobre o tema e também vem trabalhando na prevenção, com palestras e rodas de conversas com pais, professores e as crianças e adolescentes.

Na noite desta terça-feira (18), um grupo de especialistas falou sobre o assunto durante o programa Estúdio Gaúcha, da Rádio Gaúcha. Além do jogo, eles falaram sobre a série 13 Reasons Why, que também trata do suicídio de jovens. A série gira em torno de uma estudante que se matou, deixando uma lista com os 13 motivos que a fizeram chegar a este ponto.

O médico psiquiatra e coordenador do Centro de Promoção à Vida e Prevenção do Suicídio do Hospital Mãe de Deus, Ricardo Nogueira, trouxe números alarmantes. Segundo ele, Porto Alegre e Curitiba são as cidades campeãs de suicídio entre adolescentes no país. No último ano, houve aumento de 44% de tentativa de suicídio por intoxicação medicamentosa. A principal queixa, segundo ele, é a falta de atenção dos pais.

Mudanças no comportamento e isolamento precisam ser investigados. A coordenadora da regional Gaúcha do Centro de Valorização da Vida, Nilsa Maria Madsen, explica que mais de 90% dos atendimentos via internet na instituição são de adolescentes e nos últimos anos cresceu substancialmente o número de jovens que entram em contato. A queixa geral é que os pais não os compreendem. Estabelecer um diálogo franco com os filhos é o passo mais importante, segundo Nilsa. Ouvir e não relativizar o sofrimento são fundamentais.

Fonte: ClickRBS