Movimentos sociais, estudantis e sindicais do campo e da cidade estão unidos numa manifestação contra a Reforma da Previdência, em Chapecó. A concentração iniciou às 9h, na Praça Coronel Bertaso, e ainda pela manhã os manifestantes farão uma caminhada até o INSS. À tarde está previsto um ato a partir das 14h, próximo a uma agroindústria na avenida Attilio Fontana.

O presidente do Sindicato dos Professores do Oeste de Santa Catarina, Sérgio Scheffer, disse que a reforma da previdência acaba retirando direitos, pois aumenta em cinco anos a idade para se aposentar e em cinco anos o tempo de contribuição.

- Atualmente as pessoas podem se aposentar com 60 anos e 15 anos de contribuição, com o aumento da idade mínima e da contribuição muitos não conseguirão aposentadoria integral. Alguns trabalhadores terão que se aposentar com apenas 60% do benefício. Nós sugerimos outras ações para o governo melhorar a arrecadação, como combater a sonegação e gerar emprego para os 13 milhões de desempregados – disse o diretor sindical.

O coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul, Alexandre Bergamin, criticou o valor mínimo de contribuição de R$ 600 para as famílias rurais, pois há anos em que a renda fica comprometida por fatores climáticos, além do aumento de cinco anos da idade mínima para as mulheres no campo.

- Também somos contrários à capitalização pois isso tira o caráter público da Previdência e penaliza justamente os mais pobres, que não terão dificuldade em contribuir – disse.

Nesta semana a Fetraf-Sul também fez um acampamento no trevo de acesso a Chapecó, na BR-282, questionando outras medidas como as novas regras de qualidade do leite.

- Temos uma preocupação também com o Plano Safra, que vai ser lançado na próxima semana, pois há previsão de aumento de juros. Numa das faixas há previsão de aumentar de 2,5% ao ano para 3% ou até 3,3% ao ano. Também há uma previsão de redução de recursos. Uma de nossas pautas é um Pronaf Habitação, para financiar moradias no meio rural- disse Bergamin.

No Oeste há mobilizações também em outros municípios como Pinhalzinho, Dionísio Cerqueira, São Carlos, Faxinal dos Guedes, Maravilha, Xanxerê, Santiago do Sul, Irati, Xaxim, São Domingos, Passos Maia e Joaçaba.

 

Fonte: NSC