Representantes de setores responsáveis pela fabricação desses produtos dizem que não foram contatados pelo governo e temem não conseguir cumprir os prazos de entrega que as campanhas de vacinação vão exigir. Entenda o impacto disso na saúde e na economia do país. Na última semana, acompanhamos de perto as notícias sobre a aprovação da primeira vacina contra a covid-19 em alguns países da Europa, a divulgação do plano de imunização contra o coronavírus no Brasil e a chegada das doses da CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, a São Paulo. Apesar dos avanços importantes, a pandemia está longe de acabar. E há uma etapa muito importante que é pouco mencionada quando pensamos nas vacinas.
Além do produto farmacêutico em si, a aplicação das doses requer uma série de outros insumos e ferramentas. Sem eles, não dá nem para iniciar as campanhas. Falamos aqui de coisas simples, como seringa, algodão, caixa térmica, saco plástico, luva descartável, e outras mais complexas, como refrigerador, freezer, sistemas informatizados e logística de distribuição e transporte dos lotes. Por mais que o mundo já tenha experiência com iniciativas de vacinação em larga escala, a pandemia atual vai exigir uma verdadeira operação de guerra. Se considerarmos a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de imunizar 20% da população global no próximo ano, falamos de 1,5 bilhão de pessoas contempladas em 12 meses

fonte=uol