Previsão é que as primeiras doses da vacina contra a Covid-19 cheguem ao Estado no próximo dia 20
A reta final do mês de janeiro de 2021 traz consigo a expectativa pelo início da vacinação contra a Covid-19. A previsão é de que em exatos sete dias, as primeiras doses do imunizante cheguem ao solo catarinense.

Ao menos é o que espera o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro. Em entrevista ao ND+ nesta quinta-feira (14), Ribeiro disse que o Ministério da Saúde tem reforçado que a distribuição dos imunizantes deve começar na próxima quarta-feira (20).

A data é a mesma anunciada pelo prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, nas redes sociais nesta quarta. No entanto, Loureiro anunciou que a vacinação pode começar na próxima quarta-feira em todo território nacional, caso a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprove o uso emergencial das vacinas Coronavac e AstraZeneca, o que está programado para ser decidido no domingo (17).

A informação, segundo o prefeito da Capital, foi repassada pelo próprio ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante reunião virtual com mais de 100 prefeitos, nesta manhã. O governo prevê a aplicação de 8 milhões de doses, ainda neste mês.

Mesmo com o anúncio, o secretário de Estado da Saúde hesitou e cravar o dia para o início da vacinação em Santa Catarina. Conforme Ribeiro, não há como garantir uma data por conta de fatores externos.

“O calendário quem faz é o Ministério da Saúde. O que podemos garantir é a logística de entrega. Se vier o quantitativo que está sendo comunicado pelo Ministério, deveremos distribuir as doses em menos de 24 horas para todo o Estado de Santa Catarina. Essa é a nossa garantia”, disse, detalhando a estratégia de distribuição.

Condições para a distribuição

Ribeiro entende que é “complicado” – termo usado por ele – informar data e horário de início da vacinação à população. Isso porque o Estado depende da entrega por parte do Ministério da Saúde.

Ele garante, no entanto, que assim que as doses chegarem à Santa Catarina serão rapidamente distribuídas aos municípios. Já há um quantitativo determinado para cada cidade catarinense, conforme os grupos prioritários.

O secretário descreve que a distribuição das vacinas depende do volume recebido, do registro, da aferição de lotes, entre outros trâmites. Além disso, ainda não está definida a forma como as doses vão ser distribuídas aos estados.

Primeira fase será concluída em três dias

A expectativa do governo estadual é receber 330 mil doses em um primeiro momento. Ribeiro afirma que o Estado está preparado para a distribuição pelos municípios com caminhões e aeronaves.

Com essa quantidade de doses, o Estado espera concluir a primeira fase da vacinação em até três dias. Com 1.157 salas de vacinação garantidas, o secretário não descarta ofertar as vacinas em drive-thrus ou outros espaços que estejam disponíveis para a ação para acelerar a imunização.

De acordo com o Plano Estadual de Vacinação, no primeiro grupo constarão os profissionais de saúde, pessoas acima de 75 anos, pessoas acima de 60 anos em instituições de longa permanência e indígenas.

O secretário reforça, no entanto, que receber a primeira dose da vacina não garante a imunização, uma vez que são necessárias duas doses.

Quanto a qual vacina será distribuída em Santa Catarina, Ribeiro diz que tem preferência “por aquela que chegar primeiro, estiver disponível e for aprovada pela Anvisa.”

Previsão para a segunda dose

Conforme Ribeiro, a segunda dose de uma vacina é feita, geralmente, de 14 a 28 dias após a primeira dose. Contudo, essa segunda aplicação depende, mais uma vez, do quantitativo a ser fornecido pelo Ministério da Saúde.

Ribeiro afirma que o Estado pretende seguir esse intervalo. No entanto, se não houver doses suficientes, é possível que todas as quatro fases da vacinação em Santa Catarina sejam feitas, e somente depois, se inicie a aplicação da segunda dose.

Vacinação em todo o Estado

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, afirmou nesta quarta-feira (13) que todos os 5.570 municípios receberão doses de vacinas, começando pelas capitais. André Motta Ribeiro diz que espera que a vacinação em Santa Catarina seja feita de forma igualitária e simultânea.

“Aqui em SC, olhamos para todos os 295 municípios e vamos distribuir o quantitativo de doses que cada município tem direito. Vamos tratar todos de forma igual”, afirmou.

Porém, Ribeiro não descartou a possibilidade da vacinação começar primeiro na Capital catarinense, por questão de logística. “Pode ser que Florianópolis, que é a Capital, comece algumas horas antes que Criciúma ou até um dia antes do que São Miguel do Oeste, por exemplo, mas a ideia é capilarizar”, esclarece.

Distribuição para os pequenos municípios

Questionado sobre a chegada das doses da vacina aos pequenos municípios de Santa Catarina, o secretário destacou que o Plano Nacional de Vacinação é reconhecido por alcançar o país como um todo. Sendo assim, o secretário garante que os municípios menores já contam com toda a estrutura de vacinação. Além disso, o fluxo de distribuição da vacina pelo Estado já conta com a chegada das doses a esses municípios.

“Quando levarmos as doses à cidade sede, já contamos que a prefeitura do pequeno município vá buscar as doses que precisa, que são quantidades menores. Ele busca na unidade, prepara e já inicia a vacinação do grupo prioritário. Temos o calendário habitual da vacinação. Todos os municípios estão preparados para isso”, afirmou.

Sobra de vacinas

Com relação a uma possível sobra de doses da vacina contra a Covid-19, Ribeiro destacou que a “regra é clara”. Deve-se focar nos grupos prioritários e, caso ocorra sobra de vacinas em determinado município, a quantidade deve ser devolvida à central regional. Em seguida, as doses deverão ser redistribuídas.

Outra possibilidade é que essas doses sejam reservadas para uma segunda aplicação ou para a segunda fase da vacinação.

Registro da vacinação

As pessoas que receberem as doses da vacina contra a Covid-19 terão o registro na carteira de vacinação, assim como já é feito em outras campanhas de vacinação.

Caso se esqueça de levar a carteira ou não possua uma, a pessoa receberá uma nova que contará com um selo e um carimbo com a data da aplicação da dose.

“Ficará tudo registrado em um sistema. O local que ela foi vacinada, quando, qual vacina recebeu. A pessoa será orientada a retornar para aplicação da segunda dose. Ter o controle e a comprovação da vacinação é importante”, concluiu o secretário.

Fonte: radio rural