Mulher diz viu uma senhora em cadeira de rodas ser agredida por uma funcionária (Foto: Reprodução/RBS TV)Um asilo de Blumenau, no Vale do Itajaí, foi interditado pela Vigilância Sanitária por apresentar irregularidades na infraestrutura e nos serviços prestados aos sete internos do local. A casa de repouso é suspeita de não oferecer alimentação adequada aos idosos e de praticar maus-tratos.

Localizado no bairro Passo Manso, o Cantinho do Vovô e da Vovó está fechado desde quarta-feira (18). Técnicos da Vigilância Sanitária acompanhados por policiais pediram a retirada em até três dias de todos os idosos do local. Antes disso, o estabelecimento foi notificado centenas de vezes, por apresentar mais de 40 itens que precisavam de readequações.

A equipe da Vigilância acompanha esta casa há pelo menos três anos. Segundo os técnicos, faltavam itens como a instalação de corrimão para a segurança dos idosos, além de uma alimentação adequada. Apesar de possuir cardápio elaborado por nutricionista, a Vigilância verificou que esses alimentos não era oferecidos ao idosos.

Idosos maltratados

Além disso, a Secretaria de Assistência Social do município recebeu denúncias de maus-tratos contra os idosos, e pelo menos duas delas teriam sido confirmadas.

Uma mulher, que mora na rua do asilo e prefere não se identificar, viu uma senhora em uma cadeira de rodas ser agredida por uma funcionária. “Eles deram um suco e ela deixou cair. Por isso, ela recebeu um soco e depois o suco novamente”, diz a moradora.

A casa de repouso cobrava em média R$ 1,5 mil de mensalidade de cada idoso. À RBS TV, o dono do asilo disse que está providenciando as readequações exigidas pela Vigilância.

Segundo o proprietário, todos os idosos que estavam lá foram levados para a casa de parentes. Nesta quarta-feira (25), técnicos da vigilância sanitária devem voltar ao local para fazer uma nova inspeção.

“Existe a possibilidade de a casa reabrir, de essas pessoas ou outras passarem a administrar o local, desde que estejam de acordo com aquilo que a legislação exige”, diz Marcos Carvalho, gerente de Vigilância Sanitária.

FONTE: G1/SC