Você já leu textos ou assistiu a vídeos que dizem que o Ministério da Saúde repassa R$ 18 mil ou R$ 16 mil por óbito de coronavírus em cidades de Santa Catarina? Os beneficiados com as tragédias, conforme os boatos, variam: o dinheiro seria enviado ora às prefeituras, ora aos hospitais. O próprio Ministério, porém, desmente a informação.Por nota, o órgão esclareceu que “os repasses feitos pela pasta às gestões estaduais e municipais são realizadas para ações e serviços públicos de saúde referentes aos atendimentos de prevenção e tratamento de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)”.As verbas são usadas para custeio de todos os atendimentos, aquisição de insumos básicos, entre outras necessidades do SUS. Um exemplo desses repasses são as habilitações de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) devido ao aumento na demanda por conta dos pacientes infectados pelo coronavírus. “O Ministério da Saúde repassa o valor de R$ 1,6 mil para o custeio de cada leito. Os gestores dos estados e municípios contemplados pelas habilitações recebem o valor antes mesmo da ocupação do leito”, escreveu a assessoria do Ministério.Há leitos que operam sem a habilitação do governo por causa das lotações geradas por pacientes do coronavírus. Os espaços foram montados em uma “operação de guerra”, como é, onde alguns leitos são ocupados antes mesmo da oficialização federal. Ou seja, sem receber um real pelo SUS para custear cada internação.— Nós não ganhamos um centavo a mais por paciente com Covid-19, muito pelo contrário. O hospital opera em prejuízo, o custo de um paciente em UTI é muito alto — desabafou o diretor do Hospital Santa Isabel de Blumenau, Marcos de Toni.Há outras regiões de Santa Catarina por onde circulam a notícia falsa, como no Norte do estado. A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde (SES) também enfatizou que a “afirmação de que os municípios recebem o valor de R$ 18 mil por óbito de Covid 19 se trata de uma fake news. A SES ainda ressalta que é necessário procurar canais oficiais de informação antes de compartilhar mensagens via redes sociais”.

fonte: nsctotal