Chegou a 326 o número de macacos encontrados mortos com suspeita de febre amarela em Santa Catarina nas primeiras semanas do ano, informou nesta segunda-feira (17) a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC). Os casos ocorreram em 34 cidades catarinenses num período de 50 dias, entre 29 de dezembro de 2019 e 17 de fevereiro de 2020. Os macacos não transmitem a doença, mas a morte deles indica a presença do vírus.

O número corresponde a quase o total de casos registrados em todo o ano passado, quando houve 353 mortes de macacos com suspeita da doença. Comparado ao mesmo período do ano anterior, que somou 32 mortes, o crescimento é de mais de 10 vezes.

As notificações dos óbitos desses macacos estão concentradas nas regiões de saúde do Planalto Norte, Médio Vale do Itajaí e Grande Florianópolis.

Mortes de macacos com suspeita de febre amarela

Dos 326 macacos encontrados mortos, oito já tiveram a confirmação de morte por febre amarela, 114 casos estão em investigação, em 202 a causa é indeterminada, e em outros dois casos a morte por febre amarela foi descartada, informou ainda a Dive-SC.

Conforme a Dive-SC, o salto no número de macacos encontrados mortos demonstra que o vírus da febre amarela está em circulação no Estado e alerta para a necessidade de que as pessoas se vacinem, já que esta é a única forma de prevenir a doença em humanos.

Neste ano, três casos de febre amarela já foram confirmados em pessoas, nas cidades de Blumenau, Jaraguá do Sul e São Bento do Sul. No ano passado, duas pessoas morreram em SC por conta da doença.

Vacinação

A febre amarela é uma doença grave, transmitida por mosquitos em áreas silvestres e próximas de matas. Todas as pessoas com mais de nove meses de idade devem receber a dose da vacina. No momento, a cobertura vacinal no Estado está em 85%, e o ideal é imunizar ao menos 95% da população dentro do público-alvo, conforme a Dive/SC.

Sintomas

A febre amarela é uma doença de evolução rápida. A contaminação resulta nos seguintes sintomas:

— febre de até sete dias de duração.

— dor de cabeça intensa.

— dor abdominal.

— manifestações hemorrágicas.

— icterícia.

 

Fonte: DC