É cada vez mais comum que nos deparemos com pessoas que já tiveram Covid-19 e que, curadas, baixam a guarda e afirmam que, pelo menos por ora, estão imunes ao vírus. Também não é mais tão raro ouvirmos relatos de pacientes que dizem terem sido reinfectados em um curto espaço de tempo, muitas vezes com sintomas mais severos na segunda vez em que a doença apareceu. No dia em que a Fundação Oswaldo Cruz anunciou que vai pedir à Anvisa o uso emergencial da vacina produzida pela parceria Oxford/AstraZeneca, me deparei com um estudo de pesquisadores da Fiocruz que tenta desvendar por que alguns infectados não desenvolveram memória para resposta imune ao coronavírus.


Coordenada pelo pesquisador do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz) Thiago Moreno, a pesquisa afirma que, em casos brandos ou de assintomáticos, as respostas imunes podem até ser fortes em um primeiro momento, mas não são duradouras. Isso abre uma avenida para potenciais reinfecções. Imagine agora todos os que já foram contaminados nesta pandemia e que se acham no direito de aglomerar, participar de festas de Réveillon e aproveitar normalmente as férias de verão. Não à toa cientistas estimam um início de ano trágico em todo o mundo, com enxurradas de mortes e hospitais operando em capacidade máxima.

fonte= vejaabril