Apesar da expectativa do governo de que a copa geraria milhares de empregos e ajudaria a impulsionar a economia, ainda não está claro qual será seu impacto geral nesta área. Conforme  a Consultorias sondadas pela BBC Brasil, como a Tendência e a Capital Economics, preveem um efeito nulo ou insignificante sobre o PIB.

Mas se o saldo total da copa  ainda é incerto, está cada vez mais evidente que alguns setores devem comemorar o sucesso  das vendas, enquanto outros amargarão resultados mais fracos. Entre quem esta  satisfeito estão ligados ao negócios  de  segmentos de lazer e turismo, como bares e os hotéis das cidades-sede. Produtores de cerveja e fabricantes de televisores também saíram ganhando. E ainda na fase de preparação para os jogos, grandes empreiteiras lucraram com as obras ligadas ao Mundial. Porém temos o lado negativo para a indústria em geral e o varejo não ligado a copa, que sofreram com os feriados e paralisações provocados pelos jogos.

Veja  abaixo algumas comparações feitas pelo site da UOL

Bares

Entre os segmentos que lucraram com o evento, os bares se destacam.

“Antes da Copa, estávamos preocupados: pela mídia, a impressão que se tinha era que os estádios podiam cair e correria sangue nas ruas”, diz Percival Maricato, da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

“Ainda bem que esse pessimismo não afastou os turistas e a atmosfera de festa tomou conta do país. Como resultado, tivemos um aumento do movimento nos bares de até 30%, comparável ao das festas de fim de ano.”

Nos dias de jogos do Brasil, teria havido uma alta de até 70% no movimento segundo a Abrasel.

Como resultado, o segmento deve faturar R$ 12 bilhões no mês do Mundial, contra R$9 bilhões do mesmo mês do ano passado.

Hoteis

O setor de hotéis também está entre os que saíram ganhando com o torneio.

Segundo dados do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) na primeira semana da Copa, os hotéis das cidades-sedes registraram uma ocupação média de 80% em vésperas e datas de jogos.

Para o presidente do Fohb, Roberto Rotter, há muito a ser comemorado.

“Em Manaus, por exemplo, os turistas ficaram muito além do que apenas nos dias de jogos”, ele diz.

“Talvez São Paulo, por ter o maior parque hoteleiro do Brasil e ser voltada para o turismo de negócios, (a ocupação) tenha ficado abaixo da média das outras cidades-sede, mas também surpreendeu”, defende ele.

Em fevereiro, só 27% dos apartamentos estavam vendidos na capital paulista. Em junho, o índice chegou a 69% em dias de jogos e vésperas – valor próximo à média para o período.

“E deve-se considerar que as tarifas estavam mais altas do que normalmente, então o saldo deve ser positivo mesmo para os hotéis paulistas”, diz o ministro do Turismo, Vinícius Lages.

 

Fonte: Uol