Um menino de 10 anos de Sombrio, no Sul do estado, com a visão comprometida por uma doença degenerativa, precisa de materiais escolares adequados para frequentar a sala de aula. Desde de fevereiro, a mãe da criança tenta o apoio da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), sem sucesso.

Felipe Scussel tem etinose pigmentar genética. No último ano, ele perdeu a visão central e gradualmente não deve mais enxergar nas laterais. Para receber os livros em braile, ele precisaria de um laudo da FCEE atestando a necessidade, para envio ao governo federal.

Entretanto, desde de março o órgão está sem oftamologistas, o que impossibilita que ele receba uma avaliação. A criança já não consegue mais acompanhar as aulas com os outros colegas. ”Não gosto de ir [ para a escola], porque é muito difícil”, diz Felipe.

Medicos não ‘conseguem executar’ carga de 20 horas

Conforme o diretor da FCEE, Valdemar Pinheiro, a maioria dos profissionais oftamologistas não aceita  fazer a carga horária de 20 horas semanais, 4 horas por dia, por R$ 4 mil. “Como eles não conseguem executar a carga horária eles pedem exoneração”, alega.

Assim como Felipe, mais de 500 pessoas estão na fila para fazer uma consulta com este tipo de especialista na Fundação. Muitos ficaram sem o documento que dá direito ao transporte coletivo gratuito, por falta de laudo.

A FCEE informou que um oftalmologista deverá ser contratado em regime emergencial nos próximos 20  dias.

FONTE: G1/SC