Uma mulher paraguaia foi presa na quarta-feira (28) em Maravilha, no Oeste de Santa Catarina, por usar durante 25 anos o nome da ex-mulher do marido. Desde que se mudou para o Brasil, ela teria feito documentos falsos. Em depoimento à Policia Civil, os três filhos, que foram registrados com nome falso da mãe, disseram que não sabiam a verdadeira identidade dela.

A ex-mulher, que mora no Paraguai e é brasileira, foi a Foz do Iguaçu, no Paraná, neste mês e descobriu que tinha contas bancárias, imóveis e carros no seu nome. “Ela deu queixa na Polícia Civil e a partir daí as delegacias procuram pela pessoa que praticava a falsidade ideológica. Em Maravilha, todo mundo conhecia ela pelo nome falso, foi um susto para as pessoas”, conta o delegado João Miotto.

Depois de prestar depoimento na delegacia, a polícia pediu a prisão preventiva dela. A identidade verdadeira da mulher ainda não está clara, já que ela alegou ter 43 anos, mas o advogado de defesa dela apresentou um documento paraguaio em que ela teria 37 anos.

“Nós ainda não sabemos quem ela realmente é ou se trocou de documentos porque praticou crime no Paraguai. O inquérito será feito em mais 10 dias”, completa Miotto.

Para o delegado, o caso gerará prejuízos para toda a familia: todos os bens precisarão ser registrados novamente e os filhos terão que refazer os próprios documentos.

O delegado conta que tudo isso foi possível porque a mulher atravessou a fronteira sem documentos. A partir daí, o marido utilizou a certidão de casamento com a ex-mulher para que ela pudesse fazer outros registros no Brasil.

Pelos crimes já identificados, caso condenada, ela pode ficar de 3 a 5 anos em regime fechado. Ela teria praticado falsa identidade, fraude de lei sobre estrangeiro e falsidade ideológica.

FONTE: G1/SC