A greve dos médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Santa Catarina completa dois meses nesta quarta-feira (4) e, segundo o delegado regional da Grande Florianópolis, o tempo médio de espera por uma perícia já é de 60 dias. A Associação Nacional de Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP) diz que aguarda uma reunião nesta semana com o Governo Federal para negociar a paralisação.

“Estamos priorizando aquele segurado que precisa realizar pela primeira vez uma perícia. Aqueles que precisam ir novamente por questões judiciais, revisão ou troca de um auxílio serão atendidos posteriormente”, disse Fernado Sandresch, delegado da gerência regional do INSS da Grande Florianópolis.

Conforme a diretora da associação, Clarissa Bassin, em Santa Catarina o atendimento está assegurado em 30%. Entretanto, segundo Sandresch, há agências totalmente paralisadas, já que a porcentagem é válida por regionais do estado. A greve começou no dia 4 de setembro.

No estado, são pelo menos 200 médicos peritos contratados. O G1 tentou contato com a Superintendência Regional do INSS em Santa Catarina, para pegar o balanço de paralisação computado pelo órgão, sem resposta até a publicação desta matéria.

Corte de salário

De acordo com a diretora Clarissa, no dia 23 de outubro a categoria conseguiu uma liminar no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para que o ponto dos trabalhadores em greve não fosse cortado.

“Nesta terça (3), primeiro dia útil do mês, o salário foi sim cortado, desrespeitando a medida. Vamos fazer a denúncia ao STF do desconto indevido”, disse Clarissa.

Fim da greve dos servidores administrativos

Antes da greve dos peritos, servidores administrativos ficaram 84 dias parados, desde o anúncio de paralisação no dia 7 de julho até 30 de setembro. Para atendimentos que não demandam perícia, o INSS orienta buscar os canais remotos, pelo telefone 135 e site do órgão, para agendar consultas antes de ir às agências.

Aqueles que tinham direito a um benefício, como aposentadoria ou algum auxílio, e não conseguiram ser atendidos durante a paralisação, o INSS afirmou que não haverá prejuízo financeiro. Os benefícios serão concedidos com data retroativa, a partir do dia original da marcação.

FONTE: G1/SC