Após ficar algumas horas na sileira, Guilherme começou a receber propostas (Foto: Reprodução/RBSTV)‘Geralmente as pessoas pedem dinheiro, eu queria um trabalho’, explica. Guilherme Henrique da Cunha hoje trabalha com aplicação de painéis.

O que você faria se recebesse mais de 50 propostas de trabalho? Foi o que aconteceu com Guilherme Henrique da Cunha, morador de Criciúma, no Sul de Santa Catarina. Desempregado, o catarinense encontrou uma forma diferente de pedir emprego: no semáforo mais movimentado da cidade.

“As pessoas geralmente pedem dinheiro no farol. Então eu pensei: não vou pedir dinheiro, mesmo precisando. Vou pedir um trabalho”, conta Guilherme.

Com um cartaz escrito “Não quero dinheiro, preciso de um trabalho, você pode me ajudar?”, Guilherme ficou parado das 7h às 10h30, até que o administrador Leandro Benincá apareceu.

Após ficar algumas horas na sileira, Guilherme começou a receber propostas (Foto: Reprodução/RBSTV)

“Vi ele ali e fui conversar, entender a história dele e pedir autorização para postar isso. Tenho muitos amigos nas redes sociais, era impossível que ninguém pudesse ajudar”, explica o administrador.

E foi então que as propostas começaram a aparecer: “Meu celular tocou muitas e muitas vezes, não parava de tocar. Foram entrevistas após entrevistas”, lembra Guilherme, que nasceu em Goiás e há 18 meses está em Criciúma

Rejeitado por empresas

Após sete meses à procura de um trabalho, Guilherme recebeu 50 propostas. Ele relatou à RBS TV que foi procurado por empresas de vários ramos de atuação – em muitas delas havia deixado currículos e sido rejeitado.

Com a repercussão do caso, Guilherme acabou sendo contratado pelo publicitário Guilherme Campos, que se sensibilizou com a iniciativa. Ele vai trabalhar em uma empresa de aplicação de painéis, especializada em comunicação visual.

“O fato de ele demonstrar vontade e criatividade me chamou a atenção. Resolvi aproveitar este potencial em uma de minhas empresas. Ele vai atuar como aplicador de painéis, vai adesivar, fazer adesivagem personalizada até aprender bem a função e evoluir no segmento”, relatou Guilherme Campos.

    "Foram entrevistas após entrevistas", conta Guilherme (Foto: Reprodução/RBS TV)
    ‘Foram entrevistas após entrevista’, conta Guilherme (Foto: Reprodução/RBS TV)

    FONTE: G1/SC